Daily Archives: 17 de julho de 2017

TESLA VAI CONSTRUIR MAIOR BATERIA ÍON-LÍTIO DO MUNDO NA AUSTRÁLIA

Em setembro de 2016, uma tempestade prejudicou gravemente toda a infraestrutura de energia elétrica da Austrália do Sul, deixando 1,7 milhão de moradores do estado sem eletricidade. Outros apagões também ocorreram na região devido ao calor do verão australiano no início de 2017. Em resposta para estas questões, o governo sul-australiano, que já é líder em energia renovável, buscou uma solução sustentável para garantir a segurança energética a todos os seus moradores, agora e no futuro, exigindo expressões de interesse em implantar opções de armazenamento de energia em larga escala com pelo menos 100 megawatts (MW) de capacidade.

Através de um processo de licitação competitiva, a Tesla foi selecionada para fornecer um sistema Powerpack de 100 MW/129 MWh para ser emparelhado com um parque eólico da empresa de energia mundial Neoen Hornsdale, perto de Jamestown, Austrália do Sul. A Tesla ficará encarregada por todo o componente do sistema de armazenamento de energia do projeto.

O Tesla Powerpack será carregado com a energia renovável do parque eólico de Hornsdale e, em seguida, fornecerá eletricidade durante as horas de pico para ajudar a manter a operação confiável da infraestrutura elétrica. O sistema Tesla Powerpack transformará toda a produção e distribuição de energia renovável mais resiliente e moderna.
Após sua conclusão, prevista para dezembro de 2017, o sistema será o maior projeto de armazenamento de bateria de íon-lítio no mundo e fornecerá energia suficiente para mais de 30 mil lares, número igual à quantidade de casas que perderam energia durante o período do apagão.

O projeto de armazenamento de energia em larga escala não é apenas sustentável, mas ajudará a resolver a falta de energia, reduzir as intermitências e gerenciar a carga máxima do verão para melhorar a confiabilidade da infraestrutura elétrica da Austrália do Sul. Além disso, vem crescendo rapidamente o número de instalações de baterias residenciais em toda a Austrália. A mesma tecnologia que pode ajudar a estabilizar a rede da Austrália do Sul também pode ser usada pelos próprios proprietários para coletar energia durante o dia para que ela seja armazenada e disponibilizada ininterruptamente dia e noite.

 

POR CICLO VIVO
Publicado em 12 de julho de 2017

Trens do futuro terão vagões autônomos e inteligentes

Vagões autônomos e com motores próprios

Os engenheiros da Agência Espacial Alemã (DLR) não se preocupam apenas com foguetes e naves espaciais: eles estão também ajudando a projetar os trens do futuro.

Mais do que isso, o objetivo do projeto NGT Cargo (Next Generation Train, ou trens da próxima geração) é projetar um sistema de transporte ferroviário de cargas completo, incluindo os vagões e as locomotivas, certamente, mas também os sistemas de carregamento e descarregamento e toda a logística envolvendo a operação do sistema.

A ideia é que cada vagão funcione como uma espécie de “contêiner ambulante”, que vá até a fábrica ou armazém, onde é carregado ou descarregado, e depois automaticamente se junte a uma composição que possa levá-lo ao seu destino.

E a viagem completa poderá se dar em várias etapas, com um vagão específico embarcando e desembarcando das composições, conforme necessário, ou se juntando a outros para formar composições novas.

Para isso, cada vagão terá seu próprio conjunto de propulsão elétrica e sistema de navegação autônoma, o que permitirá que ele viaje do fornecedor ao cliente sem qualquer intervenção humana. A propulsão própria será usada também para percorrer os quilômetros finais, até que o vagão alcance uma linha mestra, onde se conectará automaticamente a uma composição – em alguns casos, sem que esta precise parar.


Os vagões individuais inteligentes e autônomos podem ir diretamente ao cliente ou ao seu terminal logístico. [Imagem: DLR]

Trens aerodinâmicos

“O transporte ferroviário de mercadorias hoje é dominado por comboios em bloco que não se desviam e que usam um grande número de vagões para transportar grandes volumes de frete padrão do ponto A ao ponto B. [Com o NGT] nós poderemos transportar uma vasta gama de produtos de forma flexível e com baixo uso de recursos, necessidade mínima de pessoal e tempos de transporte mais curtos,” disse Joachim Winter, coordenador do projeto.

No sistema atual, a necessidade de parar os comboios para acoplar e desacoplar vagões responde por algo entre 30 e 40% do custo do frete, disse Winter, o que faz com que os vagões tenham uma velocidade média de 18 km/h entre a origem e o destino. A intenção dos projetistas é que as linhas principais de carga possam ter comboios viajando a até 400 km/h – eles esperam que os novos trens possam viajar nas linhas atuais entre 160 e 200 km/h.

Para isso, ao contrário dos vagões atualmente em uso, os vagões do trem do futuro serão fechados e recobertos aerodinamicamente. E não haverá lacunas entre os vagões individuais, reduzindo a resistência do vento e gerando menos ruído.


Os procedimentos de carga e descarga dos vagões individuais também serão amplamente automatizados. [Imagem: DLR]

Trens mundiais

E os engenheiros alemães já estão pensando além da Europa, eventualmente na Nova Rota da Seda, que está sendo implantada pela China.

“Um cenário de aplicação interessante para o NGT CARGO seria o tráfego intercontinental de mercadorias entre a Europa e a Ásia, como alternativa ao transporte utilizando navios de contêineres, que têm longas rotas marítimas e pouca flexibilidade em termos de volume de mercadorias, uma vez que transportam contêineres muito grandes,” disse Winter.

Com vistas a isso, o sistema está sendo preparado para ser compatível com os trens de passageiros. “Várias locomotivas podem ser combinadas virtualmente durante o curso, no chamado acoplamento dinâmico. Com isso, elas formam um bloco de trem, embora não estejam fisicamente acopladas umas às outras. Também é possível combinar o NGT com os TGVs de alta velocidade,” finalizou Winter.

POR INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Publicado em 17 de julho de 2017

Estudantes brasileiros ajudam a Nasa em projeto de colônia na Lua

Os alunos de uma faculdade de Engenharia no interior de SP criaram as habitações que, no futuro, poderão abrigar os astronautas em missões espaciais

 

Sorocaba – Estudantes de Engenharia de Sorocaba, no interior de São Paulo, estão contribuindo com a Nasa, a agência espacial norte-americana, no desenvolvimento de protótipos de uma colônia humana na Lua.

Os alunos do curso de Engenharia da Computação e Jogos Digitais da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens) criaram as habitações que, no futuro, poderão abrigar os astronautas em missões espaciais.

Com a aparência de um iglu, as moradias têm o formato circular para resistir à diferença de pressão, sistema de distribuição de oxigênio e podem abrigar até quatro astronautas cada uma.

O projeto foi apresentado aos cientistas da Nasa no mês passado, por uma equipe que viajou até os Estados Unidos.

O grupo brasileiro é o único da América Latina a participar da missão, que reúne outras 13 equipes de universidades de todo o mundo. Também foi o primeiro a ter no time alunos não graduados, uma vez que as demais são formados por pós-graduandos, mestres e doutores.

De acordo com a professora Andrea Braga, coordenadora do curso, o programa lunar da Nasa existe desde 2011 e reúne pesquisadores para simular projetos de exploração espacial.

A lua é vista pelos cientistas americanos como um posto avançado para a futura exploração do planeta Marte. A equipe brasileira foi incumbida de desenvolver o módulo de habitação, onde os astronautas poderão descansar.

3D

Além das moradias, a colônia lunar conta com veículos para locomoção, base de lançamento de foguetes, uma fábrica de oxigênio e instalações para impressão em 3D.

De acordo com Andrea, o plano da agência é ter o projeto pronto para execução até 2025. “O que eles disseram por lá é que, com o presidente Donald Trump, os projetos espaciais estão ganhando novo impulso.”

Os estudantes tiveram de interagir com as equipes incumbidas de outras tarefas para dar uniformidade ao trabalho. As reuniões eram realizadas semanalmente por videoconferência, enfrentando obstáculos como fuso horário, problemas de conexão e até de língua, já que alguns pesquisadores eram de Japão, Itália e Alemanha.

“Tivemos alguns percalços, como a necessidade de realocar os painéis de energia solar, porque acabaram ficando sob a sombra de uma antena projetada por outro grupo”, contou o professor André Carneiro, que orientou o grupo.

Andrea conta que tudo começou em 2015, quando o gerente de transferência de tecnologia do Kennedy Space Center, Mike Lester, esteve em Sorocaba para dar uma palestra aos alunos da Facens.

Lester gostou do interesse dos estudantes e da estrutura da escola, abrindo as portas para a participação no projeto. “Com a ajuda do presidente da Câmara de Comércio Brasil-Flórida, Jefferson Michaelis, conseguimos iniciar a parceria com a Nasa”, disse.

Rumo a Marte

Mesmo tendo entrado no projeto quatro meses depois que as demais equipes, a turma de Sorocaba conseguiu concluir todas as etapas no prazo. “O time foi reconhecido com louvor pela Nasa”, disse.

Este ano, um novo grupo está sendo formado para o próximo desafio, que será concluído em 2018. Em contato com os astronautas dos Estados Unidos, Andrea ouviu deles que o grupo de alunos terá de ir ainda mais longe. “Ainda é uma expectativa, mas pelo que ouvi, nosso próximo trabalho vai envolver o planeta Marte”, disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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